sábado, 13 de fevereiro de 2010

Gosto pela coisa

Ando tomando gosto pela coisa de escrever no blog, se vai durar, sei lá. Os motivos para escrever aqui eu já expus no primeiro post. Mas, como ando ¨metendo o nariz" em alguns debates blogs afora, resolvi trazer alguns dos comentários de lá para cá. Copyleft básico.
Porei os links e alguns dos textos; depois ninguém diga que não há diversidade de opções aqui no meu blog.
Interessado no debate completo? Vá ao Blog da Nariz Gelado.

http://narizgelado.apostos.com/2010/02/10/lula-e-a-piramide-ii/comment-page-1/#comment-9748
Cara Nariz, ética não é tema de campanha porque só interessa à classe média (a despeito do fato de que ética diz respeito ao estudo dos códigos de comportamento – o uso vulgarizado distorceu o sentido lato, igualando o estudo da coisa em toda a sua diversidade a uma única coisa). Dizendo isso fica parecendo que, em relação ao sentido menos vulgarizado de respeito às normas auto-impostas como evidência do comportamento “ético”, só a classe média (outra imprecisão) teria autoridade moral, evidentemente derivada do próprio comportamento pessoal e de classe, de reivindicar o cumprimento dos padrões e o respeito às normas.
Dois problemas:
a) primeiro, tomando o raciocínio acima como verdadeiro, automaticamente se reconhece uma divisão social baseada em classes, incomensuráveis porque uma imagina-se detentora do padrão moral que a outra não tem e, não satisfeita, ainda quer vê-lo imposto à outra. Ou seja, luta de classes:
b) segundo, em havendo o padrão moral, só a classe média o respeita e mesmo assim só a classe média que não faz parte do Estado? Um passeio pelas nossas rodovias durante o carnaval, anotando marcas e modelos de veículos que desrespeitam a faixa contínua ao ultrapassar deve responder a pergunta acima.
Ética não é tema de campanha porque a vida política é muito mais ampla do que o código moral – na verdade, é ela quem o impõe.
Alguém aí abaixo me chamou de idiota: na Grécia antiga, idiota era aquele que se eximia de participar da vida política como cidadão, exatamente porque ele não contribuía para a instituição dos códigos morais e políticos, mas se via no direito de exigir que os outros o respeitassem (a ele e ao código moral).

E esse


http://narizgelado.apostos.com/2010/02/10/lula-e-a-piramide/comment-page-1/#comment-9721

Não compartilhamos posições políticas.
No entanto, gostei de seu post, porque pelo menos alguém dentre vocês teve a perspicácia de compreender que, de fato, ficam apenas “conversando entre” si – “e isto é tudo”.
Essa militância de internet crê em petitions on line: como se tivessem o condão de mudar a estratégia de um sujeito que planeja sua candidatura há anos, e que parece ter a paciência necessária para aguardar, sejam 2 meses, sejam 4 anos. Chamam tanto os que apóiam o Governo de massa de manobra, mas são incapazes de perceber que agem como massa de manobra do Reinaldo Azevedo ou do Augusto Nunes, emissários mal-disfarçados do serrismo. Ademais, ver o Aecinho como salvador da pátria tucana é, mais do que qualquer outra coisa, sinal de desespero, evidência da falta de alternativas.
Descreio de fórmulas mágicas, quaisquer; sua “teoria da rachadura” me parece uma delas. Além disso, para parte de seu público fiel, se a “rachadura” não se materializar como um escândalo moralista – já que não conseguem esterçar o raciocínio político para além de escaramuças vagamente “éticas” (“somos a elite do bem”, “direitos humanos para os humanos direitos”, essas bobagens) – por mais crítica que seja, dará em nada, mesmo inter pares.
Mas, pelo menos, reconhecer que o círculo dos blogueiros de direita é pouco mais do que auto-referente foi a primeira análise oposicionista com alguma consistência que li por esses últimos dias, talvez anos"

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