Ando tomando gosto pela coisa de escrever no blog, se vai durar, sei lá. Os motivos para escrever aqui eu já expus no primeiro post. Mas, como ando ¨metendo o nariz" em alguns debates blogs afora, resolvi trazer alguns dos comentários de lá para cá. Copyleft básico.
Porei os links e alguns dos textos; depois ninguém diga que não há diversidade de opções aqui no meu blog.
Interessado no debate completo? Vá ao Blog da Nariz Gelado.
http://narizgelado.apostos.com/2010/02/10/lula-e-a-piramide-ii/comment-page-1/#comment-9748
Cara Nariz, ética não é tema de campanha porque só interessa à classe média (a despeito do fato de que ética diz respeito ao estudo dos códigos de comportamento – o uso vulgarizado distorceu o sentido lato, igualando o estudo da coisa em toda a sua diversidade a uma única coisa). Dizendo isso fica parecendo que, em relação ao sentido menos vulgarizado de respeito às normas auto-impostas como evidência do comportamento “ético”, só a classe média (outra imprecisão) teria autoridade moral, evidentemente derivada do próprio comportamento pessoal e de classe, de reivindicar o cumprimento dos padrões e o respeito às normas.
Dois problemas:
a) primeiro, tomando o raciocínio acima como verdadeiro, automaticamente se reconhece uma divisão social baseada em classes, incomensuráveis porque uma imagina-se detentora do padrão moral que a outra não tem e, não satisfeita, ainda quer vê-lo imposto à outra. Ou seja, luta de classes:
b) segundo, em havendo o padrão moral, só a classe média o respeita e mesmo assim só a classe média que não faz parte do Estado? Um passeio pelas nossas rodovias durante o carnaval, anotando marcas e modelos de veículos que desrespeitam a faixa contínua ao ultrapassar deve responder a pergunta acima.
Ética não é tema de campanha porque a vida política é muito mais ampla do que o código moral – na verdade, é ela quem o impõe.
Alguém aí abaixo me chamou de idiota: na Grécia antiga, idiota era aquele que se eximia de participar da vida política como cidadão, exatamente porque ele não contribuía para a instituição dos códigos morais e políticos, mas se via no direito de exigir que os outros o respeitassem (a ele e ao código moral).
E esse
http://narizgelado.apostos.com/2010/02/10/lula-e-a-piramide/comment-page-1/#comment-9721
Não compartilhamos posições políticas.
No entanto, gostei de seu post, porque pelo menos alguém dentre vocês teve a perspicácia de compreender que, de fato, ficam apenas “conversando entre” si – “e isto é tudo”.
Essa militância de internet crê em petitions on line: como se tivessem o condão de mudar a estratégia de um sujeito que planeja sua candidatura há anos, e que parece ter a paciência necessária para aguardar, sejam 2 meses, sejam 4 anos. Chamam tanto os que apóiam o Governo de massa de manobra, mas são incapazes de perceber que agem como massa de manobra do Reinaldo Azevedo ou do Augusto Nunes, emissários mal-disfarçados do serrismo. Ademais, ver o Aecinho como salvador da pátria tucana é, mais do que qualquer outra coisa, sinal de desespero, evidência da falta de alternativas.
Descreio de fórmulas mágicas, quaisquer; sua “teoria da rachadura” me parece uma delas. Além disso, para parte de seu público fiel, se a “rachadura” não se materializar como um escândalo moralista – já que não conseguem esterçar o raciocínio político para além de escaramuças vagamente “éticas” (“somos a elite do bem”, “direitos humanos para os humanos direitos”, essas bobagens) – por mais crítica que seja, dará em nada, mesmo inter pares.
Mas, pelo menos, reconhecer que o círculo dos blogueiros de direita é pouco mais do que auto-referente foi a primeira análise oposicionista com alguma consistência que li por esses últimos dias, talvez anos"
Nenhum comentário:
Postar um comentário